Larissa Silva – Mercado 1 minuto – 25/09/2021
Após um pouco mais de um ano desde a chegada do coronavírus no Brasil, mais de 86 mil vagas para jovens aprendizes foram fechadas no Brasil. Esses dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Destinado a jovens de 14 a 25 anos de baixa renda, o programa Jovem Aprendiz é considerado um dos mais importantes para a diminuição da desigualdade e da evasão escolar.
Essa diminuição nas vagas dos jovens aprendizes está ligada diretamente com o aumento de demissões de funcionários durante a pandemia. Isso porque a Lei da Aprendizagem estabelece que o número de aprendizes seja proporcional ao número de funcionários, de acordo com uma cota pré-estabelecida.
SALÁRIO DO APRENDIZ COMPLEMENTA A RENDA FAMILIAR
Muitas famílias, que dependiam dessa renda, foram impactadas por essa redução nas vagas. A situação se torna alarmante quando observado que um aprendiz, em São Paulo, ganha em média R$ 998,00, valor maior do que oferecido no auxílio emergencial.
Uma pesquisa feita durante a pandemia, pelo Instituto Brasileiro de Aprendizagem, o Saber, mostrou que em 16% das famílias dos aprendizes no Brasil, o jovem é a única fonte de proventos da casa. Outros 79,2% dos lares possuíam receita entre um e cinco salários-mínimos, e 18% estavam inseridos em programas de auxílio governamental.