Índios guaranis e tupiniquins de Aracruz produzem mel especial que faz sucesso entre chefs de restaurantes até de fora do Estado.
Roberta Bourguignon – A Tribuna – 29.08.21
Um mel especial, feito a partir de abelhas sem ferrão, o mel gourmet, já alcança recordes de produção no Espírito Santo e tem ganhado cada vez mais adeptos. Boa parte é produzida em aldeias indígenas no Norte do Estado.
Em Aracruz, no Norte, 12 aldeias dos povos guarani e tupiniquim produzem um mel gourmet que tem feito sucesso em restaurantes capixabas e de outros estados.
A produção teve início após a implantação do Plano de Sustentabilidade Tupiniquim e Guarani (PSTG), criado pela Suzano Papel e Celulose em 2012.
Até quatro vezes mais caro do que o tipo tradicional, o mel gourmet possui 10% menos açúcar e é mais líquido.
A Associação de Meliponicultores do Espírito Santo (Ames) estima que são mais de 800 meliponicultores capixabas. Nenhum deles possui autorização para comercialização em supermercados e toda a venda é feita de maneira direta.
A Cooperativa de Agricultores Indígenas Tupiniquim e Guarani de Aracruz (Coopyguá) bateu recorde de produção este ano, entre março e abril, quando foram colhidos 725 quilos do mel gourmet, além de 60 quilos de pólen das abelhas nativas e 40 quilos de cera.
A cooperativa já possui uma linha de produtos – a Tupygua – e lançou na última sexta-feira um site (www.tupygua.com.br) para a venda de produtos de abelha nativa, como mel e pólen.